Mega Terror - A boneca de porcelana

Eu e minha irmã estávamos tendo uma noite como outra qualquer: cuidando da casa, ficando acordado até tarde, essas coisas. Mas aquela noite em especial guardava uma surpresa macabra para nós dois. Passavam de três da manhã quando o telefone tocou. Quando atendi, não se ouvia nada apenas um ruído estranho, quase inaudível. "Não é nada", pensei. Mas aquele era apenas o começo da noite mais assustadora da minha vida. Quando desliguei o telefone, olhei para o relógio antigo na parede, ele marcava 3:33 da madrugada. Nesse instante, ouvi um grito estranho vindo da sala. Era minha irmã. Corri até lá e quando a vi, ela estava se debatendo no chão e gritando cada vez mais alto. No início fiquei achando que era uma brincadeira, mas percebi que era algo sério quando comecei a sentir um frio estranho, como se a morte habitasse aquele lugar. Ela olhava fixamente para um ponto, como se alguém além de nós estivesse naquela sala. - Tem mais alguém aqui? - perguntei. - Se tem, onde está? Ela apontou para mim, como se estivesse na minha frente. Ela me olhava fixamente, com uma expressão de pânico, como se eu fosse um assassino e ela uma vítima. Repentinamente, vários cortes surgiam em seu corpo, até que, com um corte mais profundo, seu braço direito caiu. Ela estava gritando descontroladamente enquanto o sangue jorrava de seu corpo. Eu, apavorado com aquela cena, gritei: - Apareça pra mim, deixa ela em paz! De repente apareceu um homem coberto por uma capa que lhe escondia a face. Gritei para ele, dizendo: - Deixe ela e me pegue! - Com você não tem mais graça, já te torturei mentalmente muitas vezes! - respondeu ele. Minha irmã, sofrendo com aquela dor horrível, sussurou, quase sem forças: - O que eu fiz para merecer isso? - quase não se ouvia sua voz. - Me deixe em paz... Ele respondeu: - Não te chamam de boneca pela sua beleza? Agora você será minha boneca de porcelana! Ele pegou o braço dela e o costurou de volta em seu lugar, repetindo o ato em todos os cortes que tinha feito. Eu não podia fazer nada, pois estava paralisado de medo, apenas vendo minha irmã sendo costurada friamente. Quando acabou, ele olhou-me e disse: - O que achou do meu trabalho? - Por que? - perguntei, em prantos. Ele não respondeu. Apenas me olhou friamente, como se estivesse dizendo: "Com você, será muito pior". Olhei novamente para minha irmã. Ela estava parecendo uma boneca de pano, costurada em várias partes de seu corpo. Ela estava com a cabeça baixa escondendo a face com seus longos cabelos. Mas, de repente, ela levantou a cabeça e seus olhos se tornaram negros, escorrendo um líquido estranho que parecia ser sangue coagulado. Fechei os olhos para não ver aquela cena. Mas, mesmo assim, a imagem de minha irmã sendo torturada povoava minha mente, tornando meu sofrimento cada vez maior. Quando abri os olhos novamente, estava sentado no sofá. Olhei para o lado e vi minha irmã encarando-me apavorada, como se tudo aquilo tivesse acontecido com a gente. O som do relógio quebrou o silêncio da sala. Eram três da manhã. Apavorado, acendi todas as luzes da casa e sentei-me abraçado com minha irmã, rezando para que o telefone não tocasse. Alguns minutos se passaram, quando, novamente, o telefone tocou. Nós nos olhamos e fomos juntos atender o telefone. Atendi, e novamente, silêncio. Quando fui desligar, um grito estridente soou do telefone. Apavorado, arremessei o telefone contra a parede e corri do quarto, arrastando minha irmã junto. Mas uma surpresa nos aguardava, em cima do sofá: uma bela boneca de porcelana.

0 comentários:

Postar um comentário

+